Com o avanço da tecnologia e ferramentas de inteligência artificial que são capazes de fazer tudo, inclusive escrever textos, a proliferação de fake news tem aumentado em toda a internet. A ferramenta que pode facilitar, sim, o trabalho de jornalistas profissionais nas redações do mundo inteiro só não faz o principal, que é apurar a informação e deixar a escrita de forma humanizada.
A desvalorização da profissão de jornalista no Brasil é cada vez mais frequente. Com a queda da obrigatoriedade do diploma da profissão em 2009, sob decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), desde então têm surgido inúmeros portais no país que, de forma vergonhosa, escrevem o que querem, pensando apenas em likes e ganho com cliques em anúncios de manchetes muitas vezes tendenciosas, conhecidas como "clickbait".
Técnica que, de forma vergonhosa, aconteceu em Ponta Porã no início do mês de setembro, nesta segunda-feira (02), onde uma notícia publicada através de um blog conhecido distorceu completamente um fato ocorrido nas imediações de uma renomada agência de cooperativa de crédito localizada no centro da cidade.
A matéria em questão afirma que o banco foi invadido, onde meliantes teriam assaltado e levado um malote. Informação que rapidamente foi replicada em sites do estado, citando a fonte e sem checar os fatos. Mostrando o desserviço que a inteligência artificial é capaz de causar no âmbito informativo de forma exagerada e sem moderação.
Quem são os errados da história? Redações que não apuram os fatos ou quem deixa a ferramenta escrever, mas não confere o que foi escrito? Eis a questão. É preciso ter muita cautela ao compartilhar qualquer informação sem que seja confirmada. Afinal, as consequências podem ser inúmeras desde um alarme falso até preocupações de quem tem familiares trabalhando no local.
NOTA OFICIAL:
Em nota, o Sicredi esclareceu que não houve nenhuma tentativa de assalto ao banco e que o fato relatado ocorreu fora das dependências da Agência Ervais. O que de fato aconteceu foi que dois funcionários de uma empresa foram rendidos na porta da cooperativa ao tentar descer com um malote de dinheiro avaliado em mais de R$ 23.000 (vinte e três mil reais). A cooperativa colocou-se à disposição das autoridades locais, que já investigam o caso, e felizmente ninguém ficou ferido.
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